Ser Campeão não é Fundamental, Fundamental é ser Corintiano
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Libertadores
domingo, 13 de janeiro de 2013
NO ESTADO DO PARANÁ, CORINTHIANS JÁ TEM O DOBRO DE TORCEDORES DO 2° COLOCADO
Retorno à série A, contratação de Ronaldo, títulos Brasileiro, Libertadores e Mundial, contagem regressiva para a inauguração do estádio próprio. Os últimos quatro anos foram de sonhos para os corintianos. E acentuaram o pesadelo dos clubes paranaenses. O Corinthians reforçou sua condição de maior torcida no Paraná, agora com o dobro da preferência do segundo colocado. Mais do que isso, puxou um crescimento da preferência do paranaense por times de outras regiões. Na contramão, as principais equipes locais perderam adeptos.
Esse cenário é revelado em um levantamento exclusivo da Paraná Pesquisas para a Gazeta do Povo. O maior estudo do gênero feito no estado ouviu 113.962 pessoas em 70 municípios, entre janeiro e novembro deste ano. A margem de erro é de 0,5%.O bando de loucos corresponde a 15,77% dos moradores do estado, índice inferior apenas ao dos que dizem não torcer para ninguém (32,44%). O Atlético vem em segundo, com 7,72%, abrindo um bloco que tem, dentro da margem de erro, Palmeiras (7,34%), São Paulo (7,12%) e Coritiba (6,97%). Logo atrás vêm Flamengo (6,69%) e Santos (5,28%), para, somente então, aparecer o Paraná (2,08%).
É como se em cada dez paranaenses, cinco torcessem por times de fora, três por nenhum e apenas dois por equipes do estado.O cenário fica mais dramático quando comparado a outro levantamento da Paraná Pesquisas, de 2008. Os quatro grandes de São Paulo, a dupla Grenal, Flamengo e Vasco tiveram, juntos, um crescimento de torcida de 14% – só o Palmeiras perdeu fãs.
O Corinthians cresceu 26,7% e viu sua liderança ficar mais folgada. Se em 2008 a vantagem para o Atlético era de três pontos porcentuais, agora o Timão tem o dobro de seguidores do Furacão. Diferença que reflete o encolhimento da torcida do trio de ferro: uma redução de 17%. Tricolores (34%) e rubro-negros (19%) tiveram as maiores quedas. Os alviverdes caíram menos (7%), mas perderam o posto de quarta maior torcida do estado para o São Paulo, e viram o Flamengo encostar.
Entre os clubes locais, a reação é responsabilizar a formação política e social do estado. O Norte colonizado por paulistas, o Oeste por gaúchos e os 40 anos como comarca de São Paulo deixaram uma herança cultural que limita o alcance dos principais clubes do estado às imediações de Curitiba. “Passou de Campo Largo, ninguém mais torce para os times do estado”, diz Rubens Bohlen, presidente do Paraná Clube. A pesquisa respalda, em partes, a avaliação.
Antonina é a cidade mais distante da capital em que o trio de ferro domina. No interior, Ponta Grossa, Londrina e Paranavaí têm os times da cidade como os paranaenses mais populares – atrás dos paulistas. A influência sanguínea, porém, não explica tudo. O oeste do estado, de influência gaúcha, já tem o Corinthians como maior torcida nas cidades de Cascavel e Foz do Iguaçu.
Dados do Censo-2010 mostram que 550 mil pessoas nascidas em São Paulo moram no Paraná. É menos do que a torcida do Santos no estado. O número de gaúchos (279 mil) não comporta os fãs da dupla de Grenal. Sinal claro de que há paranaenses de nascimento – filhos de migrantes ou não – torcendo por times de fora. “O momento é corintiano”, aponta Murilo Hidalgo, diretor da Paraná Pesquisas. “Fora se cultiva o sentimento de a criança, o jovem torcer pelo time da cidade. Aqui é bonito torcer pelo campeão”, acrescenta Vilson Ribeiro de Andrade, presidente do Coritiba.
Mesmo a difícil reversão desse quadro parece exigir uma postura diferente. “Os adversários não são mais os paranaenses, mas sim os paulistas. Curitiba é um mercado esgotado.
Fonte: Orgulho de Ser S.C.C.P
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